Portugal tem 16 patrimônios mundiais. Mas essa lista tende a crescer bastante nos próximos anos. Neste momento, há pelo menos 23 candidaturas sendo gestadas – algumas mais promissoras, outras menos, mas todas plenamente merecedoras do título. Neste post, reúno 12 delas.

Almeida, uma das 12 aldeias históricas do centro de Portugal
Aldeias Históricas – São 12 no total: Almeida (foto), Belmonte, Castelo Mendo, Castelo Novo, Castelo Rodrigo, Idanha-a-Velha, Linhares, Marialva, Monsanto, Piódão, Sortelha e Trancoso. “Nossa ambição é que, dentro de cinco anos, a distinção seja atribuída ao conjunto dessas localidades”, declarou recentemente à imprensa o presidente da rede Aldeias Históricas de Portugal, António Dias Rocha.
São João do Porto – A candidatura a patrimônio imaterial da humanidade foi anunciada no mês passado pela câmara da cidade do Porto. Oficialmente, a festa é católica, em homenagem ao nascimento de São João Batista. Mas sua origem é pagã, está ligada à celebração do solstício de junho.
Mata do Buçaco – A câmara municipal da Mealhada e a Fundação Mata do Buçaco pleiteiam fundos europeus que permitam recuperar o patrimônio edificado (como o Convento de Santa Cruz e o conjunto monumental da Via Sacra) e reforçar a preservação da fauna e da flora, como preparação para a candidatura da mata a patrimônio da humanidade.
Centro Histórico de Viseu – Um grupo formado por arquitetos, historiadores e especialistas em patrimônio foi encarregado de preparar a candidatura de Viseu a patrimônio mundial. O documento que vai orientar a estratégia da autarquia local para a classificação da Unesco deve estar pronto até o próximo mês de outubro.
Mértola – A comissão científica encarregada de preparar a candidatura da vila se reuniu pela primeira vez no fim do ano passado. De acordo com o jornal Correio Alentejano, o projeto será apresentado à Unesco em 2016.
Centro Histórico de Lisboa e Tejo – A candidatura da Baixa Pombalina, dos bairros históricos e do próprio Rio Tejo será apresentada, segundo a câmara municipal de Lisboa, até o início de 2018. A intenção é que lhes seja concedida a chancela de paisagem urbana histórica, uma categoria criada recentemente pela Unesco.

Centro histórico de Lisboa e a Ponte 25 de Abril sobre o Tejo
Olaria Negra de Bisalhães – O ofício de oleiro está caminhando para o desaparecimento. É justamente por isso que a câmara de Vila Real decidiu candidatar a tradicional olaria negra de Bisalhães a patrimônio imaterial da humanidade. Apenas sete oleiros seguem trabalhando o barro na aldeia.
Arte de fazer chocalhos – A exemplo da olaria negra, a arte de fazer chocalhos (aqueles “sinos” colocados no pescoço dos animais de rebanho) também está em vias de extinção. Sua candidatura a patrimônio imaterial, apresentada no passado mês de março, já foi aceita pela Unesco.
Mosteiro de São Miguel de Refojos – Com a candidatura a patrimônio mundial, a câmara de Cabeceiras de Basto, no distrito de Braga, espera que o mosteiro do século 7 se transforme em uma espécie de “motor” do desenvolvimento turístico. São Miguel de Refojos é um dos 29 mosteiros beneditinos espalhados por Portugal, o único a ter um zimbório.
Conimbriga – A candidatura das ruínas romanas foi aprovada por unanimidade pela assembléia municipal de Condeixa-a-Nova em dezembro de 2013. Conimbriga é uma das mais relevantes povoações romanas do paós, já classificada como monumento nacional.
Tapetes de Arraiolos – O dossiê da candidatura dos tapetes de Arraiolos a patrimônio imaterial da humanidade já está pronto. “A confecção desses tapetes envolve uma história muito grande de passagem de conhecimento de mães para filhas, ao longo de gerações”, declarou recentemente à imprensa Sílvia Pinto, presidente da câmara de Arraiolos, no distrito de Évora. “É esse saber fazer que queremos valorizar.”
Furna do Enxofre e Algar do Carvão, Açores – A candidatura dos dois lugares nasceu em 1996. Quatro anos mais tarde, em 2000, parecia que ela ia decolar. Mas não decolou e parece ter perdido o fôlego desde então. A Furna do Enxofre fica na ilha Graciosa. O Algar do Carvão, na Terceira, perto de Angra do Heroísmo (que já tem a distinção da Unesco).
© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados