
Três vistas do Castelo de São Jorge, em Lisboa, um dos lugares mais visitados de Portugal. No website oficial do monumento, lê-se assim sobre ele: “O Castelo de São Jorge – Monumento Nacional integra a zona nobre da antiga cidadela … Continuar lendo
Três vistas do Castelo de São Jorge, em Lisboa, um dos lugares mais visitados de Portugal. No website oficial do monumento, lê-se assim sobre ele: “O Castelo de São Jorge – Monumento Nacional integra a zona nobre da antiga cidadela … Continuar lendo
Dez fotos clicadas em 2012, durante minha primeira visita às gravuras rupestres do Vale do Côa. Naquela ocasião, foram dois dias seguidos de trabalho, em dois sítios arqueológicos distintos, Penascosa e Canada do Inferno, mas acompanhado da mesma guia. As … Continuar lendo
Sabe quais são os lugares de Portugal que podem virar patrimônio da humanidade em breve? A lista indicativa do país ao título concedido pela UNESCO foi definida em maio de 2016 e é composta de 22 bens. Alguns eu conheço, como … Continuar lendo
Dos mais de 60 sítios arqueológicos já identificados no Vale do Côa, apenas três estão abertos à visitação: Penascosa, Canada do Inferno e Ribeira de Piscos. Em 2012, conheci os dois primeiros. O terceiro visitei este ano, em setembro passado. Um de seus … Continuar lendo
Cheguei ao sítio de Penascosa, no Parque Arqueológico do Côa, por volta das 19h30. Ainda era dia, mas a noite não demoraria a chegar. Faltavam uns 30, talvez 40 minutos. Aproveitei essa “folga” para fazer algumas fotos na beira do rio. Como se percebe na primeira imagem deste post, em Penascosa o Côa forma um vale bem aberto. Do lado de cá, na margem direira, há quase 30 rochas com gravuras. Do lado de lá, são mais de 60. A datação da maioria remete ao período mais antigo da arte rupestre naquela região: o Paleolítico Superior.
Rio Côa na altura de Penascosa: quase 30 rochas com gravuras paleolíticas de um lado e mais de 60 do outro
Assim que começou a escurecer, juntei minha tralha e segui para as rochas. Ou melhor, fui direto à Rocha 3, na qual se observa um conjunto de animais sobrepostos, principalmente cabras e auroques. Para o arqueólogo António Martinho Baptista, diretor do parque, há uma clara associação simbólica entre as duas espécies – cujo significado, provavelmente, jamais sairá do campo das hipóteses. “Quem analisa a temática do Côa, a maneira de elaborar as figuras, verifica que todas elas são extremamente bem calibradas em termos estéticos”, diz o arqueólogo (aqui). “Tinham de ser [os autores] artistas de corpo inteiro. Daí serem chamados de verdadeiros iniciados na arte da gravura.”
Da Rocha 3 passei à 5. Depois, à Rocha 6. E foi só. Voltei para Castelo Rodrigo, onde estava hospedado, meio que entorpecido. A escuridão, o céu absurdamente estrelado, as gravuras destacadas pelo jogo de luz e sombra… Uma noite para nunca mais ser esquecida.
© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados
Esta é a Rocha 5B, no sítio arqueológico de Penascosa, Vale do Côa. Percebe o desenho de uma cabra gravado no xisto? Ele foi feito há 10 mil anos ou mais. É arte paleolítica – ou pré-histórica, se preferir assim. Segundo … Continuar lendo
Ervamoira, a primeira quinta vinhateira do Douro a receber o título de patrimônio mundial, em 1998. A propriedade da Ramos Pinto fica dentro do Parque Arqueológico do Vale do Côa, bem em frente ao sítio conhecido como Penascosa, do outro lado do rio.
Dá para acreditar que um lugar tão bonito esteve à beira de ser riscado do mapa? Sua morte chegou a ser anunciada: Ervamoira desapareceria sob as águas do lago que ali se formaria por causa da construção de uma barragem. Com a descoberta das gravuras rupestres, a obra foi interrompida – para nunca mais ser retomada. Sorte minha, que já estive lá e pretendo voltar em breve. Sorte sua, que também já foi ou ainda vai. Sorte da humanidade.
© Foto: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados