
Visitar o Porto e não reservar pelo menos uma tarde para explorar Vila Nova de Gaia é um pecado. Afinal, ficam lá as famosas caves de vinho do porto. Ainda que você não seja um grande apreciador da bebida, vá … Continuar lendo
Quinta de Ervamoira, de onde saem vinhos do porto e de mesa maravilhosos, produzidos pela Ramos Ponto. © Foto: Eduardo Lima / Walkabout
Visitar o Porto e não reservar pelo menos uma tarde para explorar Vila Nova de Gaia é um pecado. Afinal, ficam lá as famosas caves de vinho do porto. Ainda que você não seja um grande apreciador da bebida, vá … Continuar lendo
A Quinta de Ervamoira, no Douro Superior, vista de três pontos distintos: de longe, desde o Miradouro de São Gabriel, em Castelo Melhor; mais de perto, da estrada que leva ao sítio arqueológico de Penascosa; e bem de pertinho, ou melhor, lá … Continuar lendo
Neste episódio do programa Verdade do Vinho, os repórteres da RTP2 visitam quatro das mais importantes quintas do Douro Superior: Ervamoira, Vale Meão, Castelo Melhor e Leda. Cenários idílicos. Entrevistas com alguns dos enólogos mais respeitados de Portugal. E vinhos da melhor qualidade, é lógico
Além da Quinta do Vesuvio, visitei outras três preciosidades do Douro Superior durante a minha passagem por lá, no último mês de setembro. Um delas foi a espetacular Quinta de Ervamoira, sobre a qual já escrevi neste blog (aqui). São aproximadamente 150 hectares de vinhas com idade média de 30 anos, cultivadas exclusivamente no sistema de plantação vertical. “Das castas aí produzidas, apenas 10% são brancas”, informa o website da Ramos Pinto. “Dos restantes 90%, 32% pertencem à casta Touriga Nacional, 22% à Touriga Franca, 11% à Tinta Roriz, 7% à Tinta Barroca, 7% à Tinta da Barca e 21% de mistura.”
Estive também nas quintas de Castelo Melhor e do Custódio, ambas propriedades da Duorum e não menos exuberantes que Ervamoira. Na primeira, passei uma manhã e um final de tarde fotografando os socalcos sobre a margem esquerda do Douro. Na segunda, fui acompanhar um dia de vindima – cujas imagens prefiro guardar para o próximo post.
© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados
Ritmo muito intenso de trabalho e poucas horas de sono desde que cheguei a Castelo Rodrigo, na segunda-feira passada. Por isso, vou resumir aqui, em um único post, os cinco últimos dias de viagem. Só assim conseguirei tirar o atraso dos relatos. Deixarei os detalhes de cada lugar visitado para quando voltar o Brasil.
Castelo Rodrigo é incrível, uma aldeia histórica situada no topo de uma colina com aproximadamente 800 metros de altura. Fica bem perto da fronteira com a Espanha e está funcionando como base para a exploração das gravuras rupestres do Vale do Côa. Ontem, visitei o sítio arqueológico de Penascosa. Hoje, o da Ribeira de Piscos. Ambos são extraordinários. Mas foi Penascosa o que mais me deixou boquiaberto. A visita, comandada pela bióloga Ana Berliner, foi noturna. Com luz artificial, a gravuras saltam muito mais aos olhos. E proporcionam ao visitante uma experiência inesquecível. Recomendo fortemente.
Além das gravuras, estive também na Reserva Natural da Faia Brava, guiado pelo biólogo Pedro Prata, e no Museu do Côa, onde fui conduzido por ninguém menos que o próprio diretor da instituição, o arqueólogo António Martinho Baptista.
Devo um agradecimento especialíssimo à Ana, que, além de me levar a Penascosa e viabilizar minha visita à Quinta de Ervamoira, está me recebendo com uma generosidade incomum em sua guesthouse, a Casa da Cisterna. E não poderia deixar de agradecer, ainda, à amável Sónia Teixeira, da Ervamoira, que hoje foi me buscar de Land Rover no fim da trilha para a Ribeira de Piscos. Sem essa quebrada de galho, eu não teria conseguido visitar a quinta.
Ervamoira, a primeira quinta vinhateira do Douro a receber o título de patrimônio mundial, em 1998. A propriedade da Ramos Pinto fica dentro do Parque Arqueológico do Vale do Côa, bem em frente ao sítio conhecido como Penascosa, do outro lado do rio.
Dá para acreditar que um lugar tão bonito esteve à beira de ser riscado do mapa? Sua morte chegou a ser anunciada: Ervamoira desapareceria sob as águas do lago que ali se formaria por causa da construção de uma barragem. Com a descoberta das gravuras rupestres, a obra foi interrompida – para nunca mais ser retomada. Sorte minha, que já estive lá e pretendo voltar em breve. Sorte sua, que também já foi ou ainda vai. Sorte da humanidade.
© Foto: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados