PRESS TRIP 2015 – DIA 2 – MADEIRA

Quarta-feira, 23 de setembro. O dia tinha começado cedo para mim. Pequeno-almoço improvisado no hotel, ali pelas 6 da manhã. Quinze minutos depois, já estava no carro, digitando “Pico do Areeiro” no Waze. Queria ver o sol nascer lá de cima, no topo do segundo pico mais alto da Ilha da Madeira (1.817 metros). E tudo acontecia, até aquela altura, exatamente como estava planejado. Só não contava com um imprevisto: o aplicativo acabou me levando pelo pior caminho possível. Em vez de sugerir a rota que passa por Poiso, utilizada pela maioria dos visitantes, o Waze me conduziu pela ER107 até a entrada de uma estrada florestal que só abriria às 9h. Sacramentou-se, assim, a primeira trave da viagem. Eu havia perdido o amanhecer no Areeiro.

Dei uma consultada nas minhas anotações, uma olhada rápida nos mapas e conclui que o melhor a fazer era seguir um pouco mais adiante, em direção ao Miradouro da Eira do Serrado. Foi lá que eu cliquei as primeiras fotos do dia, com uma vista privilegiada para a freguesia do Curral das Freiras.

Curral das Freiras desde a Eira do Serrado (foto feita com um iPhone 5s)

Curral das Freiras desde a Eira do Serrado (foto feita com um iPhone 5s)

Às 9h quase em ponto, estava de volta à entrada da estrada florestal, achando que ainda corria o risco de encontrá-la fechada. Só que não, a porteira já tinha sido levantada. Passei batido, doido para aproveitar, em algum cenário bacana, os raios de sol que de vez em quando conseguiam driblar o céu carregado. Pois não demorou quase nada até aparecer um lugar assim: o Miradouro do Paredão, com vistas incríveis do concelho do Funchal e também do Curral das Freiras.

A estrada florestal que liga a Eira do Serrado ao Pico do Areeiro

A estrada florestal que liga a Eira do Serrado ao Pico do Areeiro

O maciço central da Madeira visto do Miradouro do Paredão

O maciço central da Madeira visto do Miradouro do Paredão

Do Paredão, finalmente segui para o Pico do Areeiro, onde se inicia uma vereda (trilha) de 7 quilômetros até o Pico Ruivo – essa, sim, a montanha mais alta da Madeira, com 1.861 metros. Já era tarde, quase 11h30. A luz começava a ficar ruim. Mas dei de ombros e fui fotografando até o estômago reclamar da fome. Por volta das 13h, comecei a voltar para o Funchal – dessa vez, por Poiso, onde almocei um delicioso prego no bolo de caco. À tarde, tornei a circular pela Zona Velha da cidade.E voltei para hotel mais cedo. Estava exausto, precisando de uma ou duas horinhas de sono antes de sair para jantar.

Início da Vereda do Areeiro, com 7 km de extensão

Início da Vereda do Areeiro, com 7 km de extensão

Pico Ruivo, ponto culminante da ilha

Pico Ruivo, ponto culminante da ilha

© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados