Passei pela vila de Salzedas em minha primeira visita à região do Douro, Norte de Portugal. Passagem rápida, no caminho entre Ucanha e Pinhão. Suficiente, apenas, para fazer um reconhecimento geral do vilarejo e visitar o Mosteiro de Santa Maria de Salzedas. Deveria ter ficado mais.
O website da Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) informa o seguinte sobre o mosteiro:
“Mosteiro masculino da Ordem de Cister, a sua construção iniciou-se em 1168. Com a sua fundação intimamente ligada à figura de Teresa Afonso, esposa de Egas Moniz, o complexo monástico foi largamente ampliado nos séculos 17 e 18, destacando-se um novo e monumental claustro no século 18, com traço do arquiteto maltês Carlos Gimach.
Contando no seu espólio com trabalhos de alguns dos maiores nomes da pintura em Portugal, como Vasco Fernandes (Grão Vasco), Bento Coelho da Silveira ou Pascoal Parente, com a extinção das ordens religiosas em Portugal em 1834, a igreja foi convertida em igreja paroquial, e parte das dependências monásticas, vendidas a privados. Classificado Monumento Nacional em 1997, em 2002, ao abrigo de protocolo com a Diocese de Lamego, o Estado Português iniciou o progressivo restauro dos edifícios e espólio.
A integração, em 2009, no Projeto Vale do Varosa, juntamente com mais dois monumentos (Mosteiro de São João de Tarouca e Convento de Santo António de Ferreirim), possibilitou a abertura do espaço ao público em outubro de 2011, espaço onde é ainda possível visitar o núcleo museológico e a exposição Fragmentos – Expressões da Arte Religiosa do Mosteiro de Santa Maria de Salzedas. O Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, à semelhança do congénere de São João de Tarouca, é dos mais visitados da região do Douro e Varosa.
Fotos: © Eduardo Lima / Walkabout