A TROCA DA GUARDA

Você sabia que, todo santo dia, acontece uma troca de guarda no Mosteiro da Batalha? Os militares portugueses que dela participam estão ali não para proteger o mosteiro, mas para vigiar um memorial específico: o Túmulo do Soldado Desconhecido, que … Continuar lendo

PÓRTICO FLAMEJANTE

Um mergulho no pórtico de entrada do Mosteiro da Batalha, obra-prima do Gótico Flamejante. Os textos que acompanham as imagens são da DGPC (Direção-Geral do Património Cultural).

Mosteiro da Batalha

Mosteiro da Batalha

“Quando nos aproximamos da fachada principal, deparamo-nos com um portal totalmente esculpido, definido por um arco de linhas curvas e contracurvas que acaba numa parte pontiaguda onde estão esculpidos os escudos de armas de D. João I e de D. Filipa de Lencastre.”

Mosteiro da Batalha

Mosteiro da Batalha

“No topo aparece Cristo coroando a Virgem e só depois, dentro do próprio arco, separando estas imagens das outras, é que aparece todo o resto. Este arco representa a Corte Celestial e tem seis arquivoltas de arco quebrado que, na parte superior, formam o tímpano onde estão os quatro evangelistas com os respectivos atributos e Cristo em Majestade.”

Mosteiro da Batalha Mosteiro da BatalhaMosteiro da Batalha

“As arquivoltas têm 78 imagens separadas entre si por baldaquinos e que, à medida que se aproximam do centro, representam um grau mais elevado na hierarquia da Igreja. São elas as seguintes: nas duas últimas arquivoltas, Santos, Santas e Mártires; na seguinte, os Reis de Israel;  depois, os profetas; na segunda, os anjos músicos com os instrumentos musicais medievais, como é o caso do órgão portativo, charamela, saltério, viola de arco etc.; e, na primeira, os serafins, representados com os seus três pares de asas e simbolizando o grau mais elevado na hierarquia angelical.”

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“Nas jambas do portal, temos 12 figuras que se destacam pelo seu tamanho, consideravelmente superior ao das outras. São elas os 12 Apóstolos, aqui também representados como sendo os pilares da Igreja, uma vez que se encontram a suportar todas as outras figuras, indicando claramente a simbologia do ide e espalhai pelos quatro cantos…

© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados

OS CICLISTAS DA BATALHA

OS CICLISTAS DA BATALHA

Um momento meio mágico no Mosteiro da Batalha, expoente máximo da arte gótica em Portugal. Eu ainda procurava o melhor quadro para a foto quando os dois ciclistas atravessaram a cena. Meu dedo indicador da mão direita instintivamente pressionou o … Continuar lendo

CLAUSTRO REAL

Detalhe do Claustro Real – ou Claustro D. João I, como você preferir. Um lugar de arquitetura solene, bem tranquilo e relaxante quando não está abarrotado de turistas. Foi começado pelo mestre português Afonso Domingues, no século 14, e terminado pelo irlandês David Huguet, no século 15. A dica é aquela de sempre: evite os fins de semana e, se possível, fuja também dos meses de verão. Visitar o Mosteiro da Batalha sem muvuca é muito mais legal. Em 2013, este foi o terceiro monumento mais visitado do país, com 291,5 mil visitantes. Só ficou atrás do Mosteiro dos Jerónimos (723 mil) e da Torre de Belém (538 mil), ambos em Lisboa.

Luz de fim de tarde no Claustro Real, Mosteiro da Batalha: lugar solene e elegante

Luz de fim de tarde no Claustro Real, Mosteiro da Batalha: lugar de arquitetura solene e elegante

© Foto: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados

TUDO SOBRE A BATALHA

Episódio da série Património Mundial  sobre o Mosteiro da Batalha – ou de Santa Maria da Vitória, como preferir. Tudo que você precisa saber sobre ele antes de visitá-lo foi condensado nos 20 minutos deste documentário.

PERFILAM-SE OS APÓSTOLOS

São de arrepiar a beleza e a complexidade do pórtico de entrada do Mosteiro da Batalha. Passe os olhos com calma pelas imagens e repare nos detalhes, na simetria, no conjunto. Um espetáculo, caso único na história da arte portuguesa. O site oficial do monumento o descreve assim:

“De cada lado da entrada, debaixo de baldaquinos de lavor requintado, perfilam-se os Apóstolos, seis de cada lado, dispostos sobre bases que assentam em mísulas historiadas. Por cima dos Apóstolos, dispõe-se um conjunto de personagens definidor do mundo celeste: nas duas primeiras arquivoltas, virgens, mártires e confessoras; papas, bispos, diáconos, monges e mártires com a sua palma, como que convidando os que entram no templo a imitarem as suas virtudes. Nas duas arquivoltas seguintes estão os reis de Judá, antepassados de Maria e em cuja linhagem entroncava o próprio Cristo, e os profetas e patriarcas cujo ministério da palavra ou testemunho de vida anuncia o Novo Testamento.”

Apóstolos no pórtico de entrada do Mosteiro da Batalha

Apóstolos no pórtico de entrada do Mosteiro da Batalha

“As duas arquivoltas mais interiores estão ocupadas por figuras angélicas: as primeiras, sentadas, são anjos músicos; as segundas, de pé, representam serafins, com três pares de asas. Se aqueles anunciam a aproximação ao trono de Deus, apelando para a música suavíssima que é apanágio da felicidade do Paraíso, estes são, na hierarquia dos anjos, os que mais próximos estão da divindade.”

Reis de Judá, profetas e anjos músicos também adornam o pórtico

Os reis de Judá, profetas e anjos músicos também adornam o pórtico

“É no tímpano que a figura de Deus domina, literal e simbolicamente, toda esta majestosa composição. Ao centro, sentado sobre um trono e coberto por um baldaquino, Deus é retratado na figura de um ancião, revestido de uma imagem imperatorial que se afirma pelo gesto de poder da mão direita erguida e pelo globo do mundo sobre o qual repousa a mão esquerda. A ladeá-lo, os quatro evangelistas sentados, a ler ou anotar os livros, acompanhados dos seus animais simbólicos: S. João com a águia, S. Marcos com o leão, o boi com S. Lucas e S. Mateus com o anjo. Este grandioso conjunto remata-se com a cena da Coroação da Virgem.”

O centro da composição é dominado pela figura de Deus

O centro da composição é dominado pela figura de Deus

© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados

A NÃO PERDER

Daqui a dois ou três meses, em algum momento do próximo verão português, os terraços do Mosteiro da Batalha serão abertos ao público pela primeira vez na história. Para os visitantes, a notícia não poderia ser melhor. Da cobertura do mosteiro, a perspectiva é outra, bem diferente daquela que se tem estando lá embaixo. Assista ao vídeo que você vai entender.