RIBACÔA

Talvez você nunca tenha ouvido falar dessa região de Portugal. Nesse caso, recomendo fortemente que se informe sobre ela e passe a considerá-la em sua próxima visita ao país. Estive lá em 2014. Desde então, vivo fazendo planos de retornar. … Continuar lendo

FORTALEZA MEDIEVAL

Duas, três horas no máximo. Esse foi todo o tempo que eu tive para fotografar Castelo Mendo. Uma lástima. Se pudesse, passaria dois, três dias inteiros zanzando pela aldeia. Reconheço que há um pouco de exagero nisso. Para o viajante que não seja assim, tão escravo de uma câmera quanto eu, uma day trip – ou meia – talvez já resolva bem a questão. O lugar é bem pequeno, tem mais ou menos 120 habitantes. Em meia hora, dá-se uma volta completa.

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O povoado de Castelo Mendo: vestígios de ocupação desde a Idade do Bronze

Casa típica da aldeia: vi mais gatos do que gente na minha visita

Casa típica da aldeia: vi mais gatos do que gente na minha visita

No site Aldeias Históricas de Portugal, consta o seguinte sobre Castelo Mendo:

“Concelho de fundação medieval, com foral concedido em 1229 por D. Sancho II, Castelo Mendo virá a perder esse estatuto de centro urbano com a reforma administrativa liberal de 1855. Apesar de o local ter conhecido ocupação desde a Idade do Bronze e mostrar vestígios da presença romana, a estrutura fortificada e o modelo urbanístico caracterizadores de Castelo Mendo são uma criação medieval concebida para enfrentar as necessidades impostas pela Reconquista Cristã nos séculos 12 e 13: promover o repovoamento dos territórios muçulmanos anexados ao reino português e sustentar as disputas territoriais fronteiriças com os reinos cristãos de Leão e Castela na região de Ribacôa.

A partir do século 14, estabilizada a fronteira com o Tratado de Alcanizes, em 1297, Castelo Mendo continuará a integrar a rede de fortificações que defendem a raia beirã. Este sistema defensivo medieval só perde a sua eficácia militar com o século 17, período que vê surgir as fortificações modernas.

Por exigência de domínio territorial e de defesa da população aqui estabelecida, o povoado estrutura-se em função dos dispositivos militares. Dois núcleos amuralhados, de épocas construtivas diferentes, configuram Castelo Mendo. No cimo do cabeço rochoso, dominando a paisagem envolvente, situa-se o castelo com dois recintos distintos. O aglomerado civil desenhado em torno da Igreja de Nossa Senhora do Castelo dividido pelo pólo exclusivamente militar, localizado a Este, no ponto mais elevado, onde antes se erguia a torre de menagem.

Com o crescimento da povoação, o primitivo núcleo, supõe-se que mandado edificar por D. Sancho I ou D. Sancho II, é aumentado com nova cerca no reinado de D. Dinis (fim do século 13). Pela encosta se estendeu a vila, nela se organizando a vida da população abraçada pelos muros.”

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Igreja de Nossa Senhora do Castelo: românica, provavelmente construída em 1229

A igreja em ruínas: restauro prevê a criação de um museu

A igreja em ruínas: restauro prevê a criação de um museu

© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados

ALDEIAS HISTÓRICAS

Esta galeria contém 6 imagens.

São 12 as localidades que integram o roteiro Aldeias Históricas de Portugal. Castelo Rodrigo é só uma delas. E outras quatro ficam bem perto, a não mais do que 65 quilômetros de distância: Almeida, Castelo Mendo, Marialva e Trancoso. Todas são … Continuar lendo

PRESS TRIP 2014 – DIAS 16 a 20

Acabou. Estou no Aeroporto da Portela, em Lisboa, aguardando o vôo que vai me levar de volta ao Brasil. A viagem foi fantástica. No total, oito patrimônios mundiais visitados (incluindo minhas rápidas passagens pela Torre de Belém, pelo Mosteiro dos Jerónimos e pelo Douro). Pra valer de verdade, fotografei cinco: Coimbra, Côa, Convento de Cristo, Mosteiro da Batalha e Mosteiro de Alcobaça. Sem contar aquilo que chamo de patrimônio associado, como a Reserva da Faia Brava e as aldeias históricas de Castelo Rodrigo, Marialva, Trancoso, Almeida e Castelo Mendo. Lugares incríveis, sobre os quais ainda vou escrever muito aqui no blog.

Os quatro últimos dias da viajem foram sensacionais, de muito sol e céu azul. Tratei de aproveitá-los ao máximo. Foram dois dias às voltas com o Convento de Cristo e outros dois divididos entre a Batalha e Alcobaça. Aguardem as fotos (não aquelas que andei publicando nas redes sociais, feitas com um iPhone). Vou demorar algumas semanas para processar todas as imagens. À medida em que elas forem sendo editadas, serão imediatamente mostradas aqui.

Agradeço a todos que acompanharam os posts e torceram por mim ao longo das três semanas que se encerram hoje. E a todo mundo do Turismo do Centro de Portugal pela generosidade. António Belo foi o cara. Como já disse antes, um anjo da guarda que não mediu esforços para facilitar o meu trabalho. Devo minha gratidão também à Marli Monteiro, à Ana Berliner, à Catarina Freire e ao Paulo Machado. Sem eles, nada teria acontecido. E a todo o pessoal de apoio em cada um dos lugares pelos quais passei. Muito obrigado, gente. Espero rever cada um de vocês muito em breve. Até a volta!

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PRESS TRIP 2014 – DIAS 12 a 15

Estou em Tomar, depois de oito dias incríveis tendo como base Castelo Rodrigo. O ritmo continua puxado. E o clima não colabora. Não houve um único dia sem chuva até agora. Mas o céu carregado tem rendido algumas fotos bem dramáticas. Meu medo era ter de lidar com aquele céu chapado, branco feito uma mesa de luz. Isso, felizmente, ainda não aconteceu.

Meus últimos dias foram bem excitantes. Além de visitar Marialva, Trancoso, Almeida e Castelo Mendo (todas integrantes da rede de aldeias históricas de Portugal), estive também em Cidadelhe e acompanhei uma manhã de vindima na Quinta do Custódio (propriedade da Duorum entre Almendra e Castelo Melhor). Não consegui fazer tudo que estava nos planos. Faltou, por exemplo, ir até a foz do Rio Côa. Mas encerrei minha passagem pela região satisfeito e seguro de que voltarei para o Brasil com um conjunto de imagens bem consistente.

Inicio agora a fase final da viagem. Tenho pela frente o Convento de Cristo, o Mosteiro da Batalha e o Mosteiro de Alcobaça. Minha última visita a essas três preciosidades ocorreu há cinco anos, em 2009. Mal posso esperar para reencontrá-las.

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