
(…) “Em Évora há, sim, uma atmosfera que não se encontra em outro qualquer lugar; Évora tem, sim, uma presença constante de História nas suas ruas e praças, em cada pedra ou sombra; Évora logrou, sim, defender o lugar do … Continuar lendo
(…) “Em Évora há, sim, uma atmosfera que não se encontra em outro qualquer lugar; Évora tem, sim, uma presença constante de História nas suas ruas e praças, em cada pedra ou sombra; Évora logrou, sim, defender o lugar do … Continuar lendo
O Turismo de Portugal, em seu website, resume assim a história da Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, em Guimarães – um dos mais eloquentes exemplos de arquitetura gótica no norte do país. “As origens da Insigne e Real Colegiada … Continuar lendo
Cenas de uma visita à Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, no Alto Douro Vinhateiro – região declarada patrimônio da humanidade em 2001. No website da Quinta Nova, lê-se assim sobre o lugar: “A Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo … Continuar lendo
Três fotos inéditas de Alcobaça, no Centro de Portugal, cujo mosteiro cisterciense é patrimônio mundial desde 1989.
Junto com as imagens, reproduzo um depoimento de Inês Silva, vereadora na Câmara Municipal de Alcobaça, concedido à Rede Lugares Património Mundial do Centro e transformado em vídeo (para assisti-lo, clique aqui).
“O Mosteiro de Alcobaça é o centro deste território. É um lugar mágico, um lugar com história, um patrimônio que desenvolve toda esta região do ponto de vista cultural, patrimonial, social e econômico.”
“Vejo este lugar como um lugar simbólico, um lugar em que se cruzam o patrimônio, o silêncio, a reflexão, a memória e a força do homem.”
“É um lugar português porque está associado à origem de Portugal, à nacionalidade portuguesa. E é do mundo porque representa a força do homem, sua essência, sua coragem, sua perseverança e sua criatividade.”
© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout
Mais uma foto inédita. Desta vez, de um dos monumentos mais espetaculares de Portugal, declarado patrimônio da humanidade há 35 anos, em 1983. Junto com a imagem, o serviço completo do mosteiro, para quando você decidir visitá-lo. Como chegar A8 … Continuar lendo
Cinco fotos inéditas do Castelo dos Mouros, em Sintra, uma fortaleza espetacularmente encarapitada na montanha, testemunha da presença islâmica em Portugal. Acredita-se que ele tenha sido construído entre os séculos 8 e 9, e ampliado mais tarde, depois da Reconquista. … Continuar lendo
Três fotos inéditas da Igreja de Nossa Senhora da Assunção, em Elvas, cidade-quartel do Alentejo declarada patrimônio da humanidade em 2012. Diferentona, não? É daquelas igrejas que nunca mais se apagam da nossa memória, justamente por ser tão diferente. Na … Continuar lendo
Zanzando pela internet, atrás de informação sobre os patrimônios mundiais portugueses, acabei me deparando com um texto bacaninha sobre Sintra, publicado no blog espanhol Ida y Vuelta. A autora, Cristina sabe-se lá de quê (ela não informa seu nome completo … Continuar lendo
Ao que tudo indica, não restam mais dúvidas: as ruínas romanas preservadas no centro histórico de Évora, frequentemente chamadas de Templo de Diana, nada têm a ver com a filha de Júpiter e deusa da caça. Essa, pelo menos, é … Continuar lendo
Tem muito especialista em vinho português afirmando que a colheita de 2018, sobretudo no Douro, foi excelente, talvez a melhor do século. Não em quantidade, mas em qualidade. Um desses experts é o crítico Pedro Garcias, que assinou recentemente um artigo no portal de notícias Público tratando justamente dessa expectativa (para lê-lo na íntegra, clique aqui). Reproduzo a seguir alguns trechos do texto. E fotos inéditas do Douro, clicadas em outubro de 2012.
“Se em Portugal existisse a tradição das vendas de vinhos en primeur (ainda antes de serem engarrafados e chegarem ao mercado), valia a pena fazer já algumas compras de vinhos da colheita de 2018. Em algumas regiões ainda se vindima, mas do que se conhece pode afirmar-se com segurança que o ano de 2018 vai ter um lugar reservado na galeria das colheitas antológicas em Portugal. Sobretudo nos tintos. Com alguma probabilidade, poderá ser mesmo a melhor deste século — e nestes 18 anos já houve várias colheitas extraordinárias.”
“Falo de qualidade. Em quantidade, foi menor. Houve muitos problemas um pouco por todo o país, como queda de granizo, ataques severos de míldio e escaldão. No início de agosto, quando as temperaturas se aproximaram dos 50 graus durante alguns dias, o cenário era quase catastrófico. As uvas mais expostas cozeram e secaram e o que se começou a ver em muitas vinhas — cachos ressequidos ao pendurão — fez aumentar ainda mais o ambiente depressivo que se havia instalado com as trovoadas da primavera e o avanço do míldio. Mas, curiosa ironia, a vaga de calor dos primeiros dias de agosto acabou por ter algo de providencial, porque permitiu estancar o míldio (a partir de certa temperatura, a doença deixa de progredir) e poupar os viticultores a mais tratamentos fitossanitários.
Ao contrário do oídio, o míldio não afecta a qualidade do vinho, apenas influi na quantidade. Depois de atacadas, as uvas ou não nascem ou secam. Ora, menos uvas é quase sempre sinónimo de maior qualidade. No Douro, o povo diz que “ano de míldio é ano vintage”. Claro que ano vintage para uns é ano horribilis para outros, sobretudo para aqueles que dependem da venda de uvas. Houve gente que perdeu quase tudo nesta colheita. Esses, e foram muitos, não terão boas recordações de 2018, nem merecem que se fale em vindima gloriosa. Seria gloriosa se fosse genericamente muito produtiva e de grande qualidade.
Vindimas dessas acontecem muito raramente. E, com as alterações climáticas, a probabilidade de acontecerem é, em boa verdade, mais diminuta. Há cada vez mais fenómenos climáticos extremos e os ciclos da vinha tornaram-se mais imprevisíveis.”
“Neste ano agrícola, o inverno foi frio e seco, o que é sempre bom para a necessária dormência da vinha. Mas foi também pouco chuvoso (68% abaixo do valor médio). No final da estação, 84% do território nacional estava em seca severa e extrema. Na colheita de 2017, as vinhas já chegaram ao final do seu ciclo em completo stress hídrico. Uma primavera pouco chuvosa e um verão novamente seco e seria uma tragédia. A videira, apesar de muito resistente, também tem os seus limites. Mas a primavera prolongou o frio do inverno e trouxe muita chuva (e muito míldio, como já foi dito). Foi a terceira primavera mais chuvosa desde 1931. Encheram-se as barragens e as terras de água e o frio foi atrasando a rebentação da vinha. Em 2017, quando chegámos a agosto, as uvas estavam prontas a vindimar, apanhando toda a gente de surpresa. Este ano, o verão chegou tarde e a maturação foi-se alongando no tempo certo, arrastando o grosso da vindima para setembro e outubro, como antigamente. A partir de setembro, a amplitude térmica também foi aumentando (dias quentes e noites mais frescas) e o fim da maturação decorreu nas condições ideais, com tempo seco.
Foi uma vindima sem chuva e isso é sempre um factor determinante na qualidade da produção. Mas o que verdadeiramente distingue a colheita de 2018 é o extraordinário equilíbrio dos vinhos. No Douro, por exemplo, as uvas chegaram perfeitas à adega, sãs e com um equilíbrio pouco comum em termos de acidez e álcool provável. “Em tintos, é uma vindima muitíssima boa, das mais equilibradas que tenho visto. Tanto para DOC Douro como para Porto. Nos brancos, é uma colheita boa, não extraordinária”, assegura Luís Sottomayor, o director de enologia da Casa Ferreirinha.”
© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout