Foto: © Eduardo Lima / Walkabout

DOURO
Foto: © Eduardo Lima / Walkabout
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Em tese, eu não deveria ter ido a Torre de Moncorvo quando passei dias seguidos explorando a Região Demarcada do Douro, em 2012. Afinal, a vila não está na área declarada patrimônio da humanidade. Ora, se o nome deste projeto … Continuar lendo
Vista sobre o Rio Douro da Quinta de Castelo Melhor, uma propriedade da João Portugal Ramos. Posso falar? Os vinhos produzidos com as uvas cultivadas aqui são espetaculares. © Foto: Eduardo Lima / Walkabout
Douro Superior. Estamos na porção mais oriental da região demarcada mais antiga do mundo. Para ser exato, na Quinta de Castelo Melhor, a um quilômetro da vila que lhe empresta o nome (concelho de Vila Nova de Foz Côa). Uma maravilha de propriedade. Aqui são cultivadas uvas que entram no blend dos vinhos Duorum, parceria entre os enólogos João Portugal Ramos e José Maria Soares Franco.
Perceba como o desnível do terreno é acentuado. Lá embaixo, no fundo do vale, pode fazer muito mais calor que aqui em cima. Na prática, há dois micro-climas distintos. No mais quente e abafado, as uvas maduras apresentam maior concentração de açúcares, dando origem a vinhos mais concentrados e intensos. Já no ambiente mais fresco e arejado, acontece o contrário, resultando vinhos mais leves e com maior acidez. Dessa diversidade nasceram, em 2008, dois grandes rótulos da Duorum: o O. Leucura Cota 200, feito com as uvas mais calorentas da encosta, e o O. Leucura Cota 400, com as uvas fresquinhas das terras altas. As castas são rigorosamente as mesmas, Touriga Nacional e Touriga Franca. Mas os vinhos… Eles não poderiam ser mais diferentes um do outro.
Essas duas Tourigas, Nacional e Franca, são as castas predominantes na Quinta de Castelo Melhor – correspondem a 38% e 34% da área plantada, respectivamente. Em terceiro lugar aparece a Souzão (17%), cujos cachos ilustram este post. Considerada a mais tinta das castas portuguesas, ela é originária do Minho e foi introduzida no Douro há cerca de 300 anos. Entra no blend de certos rótulos da Duorum (inclusive vinhos do porto vintage) para garantir-lhes a intensidade da cor e alguma frescura.
© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados
A Quinta de Ervamoira, no Douro Superior, vista de três pontos distintos: de longe, desde o Miradouro de São Gabriel, em Castelo Melhor; mais de perto, da estrada que leva ao sítio arqueológico de Penascosa; e bem de pertinho, ou melhor, lá … Continuar lendo
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Domingão de vindima na Quinta do Custódio, Douro Superior. Em preto e branco. © Fotos: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados
Além da Quinta do Vesuvio, visitei outras três preciosidades do Douro Superior durante a minha passagem por lá, no último mês de setembro. Um delas foi a espetacular Quinta de Ervamoira, sobre a qual já escrevi neste blog (aqui). São aproximadamente 150 hectares de vinhas com idade média de 30 anos, cultivadas exclusivamente no sistema de plantação vertical. “Das castas aí produzidas, apenas 10% são brancas”, informa o website da Ramos Pinto. “Dos restantes 90%, 32% pertencem à casta Touriga Nacional, 22% à Touriga Franca, 11% à Tinta Roriz, 7% à Tinta Barroca, 7% à Tinta da Barca e 21% de mistura.”
Estive também nas quintas de Castelo Melhor e do Custódio, ambas propriedades da Duorum e não menos exuberantes que Ervamoira. Na primeira, passei uma manhã e um final de tarde fotografando os socalcos sobre a margem esquerda do Douro. Na segunda, fui acompanhar um dia de vindima – cujas imagens prefiro guardar para o próximo post.
© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados