PASSEAR POR AVEIRO

Uma galeria de fotos clicadas por mim em Aveiro no ano de 2014 (quando estive na cidade a convite do Turismo do Centro de Portugal), mas que permaneciam inéditas aqui no blog. Aveiro é uma cidade ímpar, completamente diferente de … Continuar lendo

UMA SÁBIA – E VELHA – SENHORA

A Via Latina, na fachada principal da Universidade de Coimbra: construída durante o reinado de D. João V (1706-50)

Universidade de Coimbra: 750 anos celebrados no passado mês de março

Universidade de Coimbra acaba de completar 725 anos. Sua história começa precisamente no dia 1º de março de 1290, quando o rei D. Dinis assina em Leiria o documento intitulado Scientiae thesaurus mirabilis. Com aquela canetada, criou-se o Estudo Geral – uma espécie de embrião da UC, que reuniu em Lisboa apenas quatro faculdades: Artes, Direito Canônico, Direito Civil e Medicina. A instituição só foi transferida para Coimbra em 1308. E ficou pulando entre as duas cidades até 1537, quando se estabeleceu em definitivo sobre a margem direita do Mondego.

Um pouco mais de perto: lá no alto, as armas nacionais, e a Sapiência acima delas

Lá no alto, as armas nacionais e a Sapiência acima delas

“Inicialmente confinada ao Palácio Real, a universidade espraiou-se por Coimbra, modificando-lhe a paisagem, tornando-a na cidade universitária, alargada com a criação do Pólo II, dedicado às engenharias e tecnologias, e de um terceiro pólo, devotado às ciências da vida”, explica o website da UC. “Estudar aqui é dar continuidade à história da matriz intelectual do país, que formou as mais destacadas personalidades da cultura, da ciência e da política nacional.”

Coimbra

Mais de perto ainda: para clicar essa escadaria assim, sem ninguém, só madrugando

© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados

BIBLIOTECA JOANINA

Sabe o Barroco Brasileiro, de Olinda, Salvador e Ouro Preto? Dos mestres Ataíde e Aleijadinho? É tudo cria do Barroco Português, que tem na Biblioteca Joanina, em Coimbra, um dos seus ícones. Ela leva esse nome porque foi construída a mando do rei D. João V, o Magnânimo (1706-1750). Está entre as mais espetaculares bibliotecas da Europa.

“Construída de modo a exaltar o monarca e a riqueza do império, nomeadamente da provinda do Brasil, esta biblioteca é, para além de uma esplendorosa combinação de materiais exóticos, um verdadeiro cofre forte de livros”, diz a Universidade de Coimbra em seu site. “Concebida como um paralelepípedo disposto em altura para vencer a diferença de cota, encostado à cabeceira da Capela, abre para o pátio o piso principal correspondente às salas nobres, a que se acede por um portal monumental, como um arco de triunfo, ladeado de colunas jónicas e dominado por um magnífico escudo real.”

A biblioteca vista de fora, do Paço das Escolas: portal monumental, como um arco do triunfo

A biblioteca vista de fora, do Paço das Escolas: portal monumental, como um arco do triunfo

“No interior, aguarda o visitante uma sucessão de três salas comunicantes que, sabiamente, conduzem o olhar do visitante para o retrato do patrono, D. João V, da autoria do pintor saboiano Domenico Duprà.”

Retrato do patrono, D. João V: daí vem o nome Biblioteca Joanina

Retrato de D. João V: daí vem o nome Biblioteca Joanina

“O interior, realizado por Manuel da Silva ao longo de 40 meses, é integralmente revestido por estantes forradas a folha de ouro e decoradas com motivos chineses, que estabelecem uma interessante relação cromática com os fundos pintados a verde, vermelho e negro.”

A biblioteca foi onstruída de modo a exaltar o monarca e a riqueza do império: expoente do Barroco Português

A biblioteca foi construída de modo a exaltar a riqueza do império: expoente do Barroco

“Em contraste com o pavimento em pedra calcária cinzenta e branca ressaltam os coloridos tetos decorados com alegorias dedicadas ao triunfo da Universidade.”

Um dos tetos coloridos que adornam as três salas: decorados com alegorias dedicadas ao triunfo da universidade

Um dos tetos coloridos: decorados com alegorias dedicadas ao triunfo da universidade

© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados