Cap 5 – ALCOBAÇA

Estas são as 10 fotos do Mosteiro de Alcobaça de que mais gosto, clicadas em duas visitas: 2009 e 2014. Entrariam todas no livro que pretendo publicar, sobre os patrimônios mundiais portugueses e suas conexões com a história do Brasil. … Continuar lendo

Cap 3 – SINTRA (CASTELO DOS MOUROS)

Dando sequência à pré-edição das fotos, e encerrando a série Sintra, aqui vão cinco imagens do Castelo dos Mouros – lugar no qual estive duas vezes, em 2009 e 2012. A maioria dos leitores já deve saber: estou compartilhando com … Continuar lendo

ONDE NASCEU O PRIMEIRO REI

Ele é pequeno se comparado a outras fortalezas medievais que você provavelmente conhece. Mas sua relevância, pelo menos para os portugueses, é inversamente proporcional às suas dimensões. As muralhas do Castelo de Guimarães deram abrigo à corte de D. Afonso … Continuar lendo

PANTEÃO NACIONAL

Na semana passada, mostrei aqui no blog o Mosteiro de Alcobaça. Esta semana, será a vez do Mosteiro da Batalha, outra preciosidade do Centro de Portugal. Começando por esta foto da fachada principal do monumento, uma imagem que permanecia inédita, … Continuar lendo

REAL ABADIA DE SANTA MARIA

Esta semana, revisitarei aqui no blog o extraordinário Mosteiro de Alcobaça, um dos mais belos monumentos de Portugal, declarado patrimônio mundial em 1989. Trata-se, portanto, de uma obra-prima do gênio criativo da humanidade. Entre as justificativas para a inscrição do … Continuar lendo

IGREJA DE SANTO ANTÃO

No post anterior, você viu dois dos ícones da Praça do Giraldo: os arcos e a fonte barroca. Aqui vai um terceiro, a Igreja de Santo Antão. Sua construção, ordenada pelo Cardeal-Rei D. Henrique, teve início em 1557. Foi classificada como Imóvel de Interesse Público em 1970.

Igreja de Santo Antão: uma das mais importantes de Évora

Igreja de Santo Antão: uma das mais importantes de Évora

Um recorte da fachada: construção teve início em 1557

Um recorte da fachada: construção teve início em 1557

© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados

ARCOS DE GIRALDO

Esses são os arcos de Giraldo, uma das praças mais legais que eu conheço – ainda que ela nunca apareça nos rankings que as revistas de turismo publicam de vem em quando. Todos, absolutamente todos os caminhos de Évora convergem para este lugar. E dizem que sempre foi assim, desde a fundação da cidade, no início da década de 1570.

Évora

Arcos da Praça do Giraldo, em Évora

A fonte barroca de Giraldo: oito bicas, cada qual associada a uma rua

Fonte barroca de Giraldo

© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados

A ORDEM DE CISTER

Algum tempo atrás, vasculhando a internet atrás de informação confiável sobre o Mosteiro de Alcobaça, descobri um livro excelente sobre a Ordem de Cister. Trata-se de O Esplendor da Austeridade, obra organizada pelo historiador, jornalista e ensaísta José Eduardo Franco. Reproduzo a seguir 2 ou 3 parágrafos, extraídos de um artigo assinado por V.G. Teixeira.

“Portugal foi extremamente importante na história de Cister, tal como Cister foi relevante no processo de afirmação do Reino de Portugal como entidade política autónoma. Desde a (re)fundação cisterciense de Tarouca em 1144, depois de várias tentativas de fixação dos Monges Brancos em Portugal sob patrocínio e proteção de D. Afonso Henriques e da aristocracia portucalense, até à exclaustração de 1834, Cister foi uma das mais destacadas instituições religiosas da história nacional, moldando mentalidades, animando cultural e educacionalmente, arroteando terras, explorando, produzindo, como pioneiros de povoamento, entre outras realizações.”

Mosteiro de Alcobaça, o maior do Reino de Portugal e um dos maiores da Ordem de Cister

Mosteiro de Alcobaça, o maior do reino e um dos maiores da Ordem de Cister

“Os séculos 12 e 13 foram as centúrias do apogeu de Cister em Portugal, como em toda a cristandade, destacando-se a abadia de Alcobaça, a maior do reino e uma das maiores da Ordem. As comunidades cistercienses sofreram as mesmas vicissitudes que as das outras ordens religiosas a partir de Trezentos, com o declínio económico, espiritual e demográfico que provocou a reforma da Ordem no século 16, quando se instituiu a Congregação de Alcobaça.

A malha conventual foi renovada, em termos estruturais e de formação dos monges, assumindo a estética do Barroco de forma imponente no panorama monástico português. O património, material como imaterial, de Cister em Portugal é enorme, com um legado impressivo, mesmo depois da extinção de 1834.”

A abadia é um retrato da importância que os cisternienses tiveram na história de Portugal

A abadia é um retrato da importância que os cisternienses tiveram na história de Portugal

© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados

Aqui, uma reportagem da RTP2 sobre o livro.

CONVENTO DE CRISTO EM P&B II

Uma amostra do sistema defensivo do Castelo dos Templários, em Tomar, com suas muralhas e sua torre de menagem.

A muralha do castelo templário: fundado em 1160 pelo grão-mestre Gualdim Pais

A muralha do castelo templário: fundado em 1160 pelo grão-mestre Gualdim Pais

Aqui vai um pouco de história, em texto extraído do website do Convento de Cristo:

“Tomar nasce da doação do Castelo de Ceras e seu termo aos templários, por D. Afonso Henriques em 1159. O território era atravessado a sul pelo Rio Tomar, com um fértil vale limitado a poente por uma cadeia de colinas de relevo acentuado. Foi numa dessas colinas, sobranceira ao rio, que Mestre D. Gualdim Pais, fundou, em 1160, o castelo e a vila de Tomar.”

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Vista parcial da alcáçova e sua torre de menagem: erguidas na parte mais elevada da colina

“O castelo era constituído por uma cintura de muralhas que rodeavam o cabeço. Duas cortinas de muralha dividiam-no interiormente em três recintos. Na parte sul da fortaleza, situava-se o recinto vila, onde hoje está o laranjal. A norte, na parte mais elevada da colina foi estabelecida a casa militar dos templários, flanqueada a nascente pela casa do mestre, a alcáçova com a sua torre de menagem, e a poente pelo oratório dos cavaleiros, a Charola. Separava estes dois recintos um terceiro, o vasto terreiro do castelo, hoje espaço ajardinado.”

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De novo, o conjunto alcáçova e torre de menagem: uma obra magnífica de engenharia militar

© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados

RODEADA DE MURALHAS

Trancoso. Por aqui passaram romanos, bárbaros, árabes… Judeus, cristãos novos, templários… Hoje, seu maior orgulho talvez seja o castelo, autodenominado “um dos mais belos de Portugal”. O website da rede Aldeias Históricas conta assim a história:

“Sem dados concretos que permitam enunciar datas e formas de povoamento, parece ser de fácil aceitabilidade o facto de Trancoso ter sido, provavelmente, um lugar fortificado na época castreja, dadas as suas características geomorfológicas. Ocupada pelos povos romanos, a vila possui ainda inegáveis vestígios de estradas e pontes, tendo sido, a partir do século 4, invadida por povos bárbaros que contribuíram para o início da construção de uma estrutura urbana da fortificação e da zona habitada.

Trancoso constituiu, devido a sua posição estratégica, um dos pontos avançados da reconquista cristã para sul. Ocupada pelos árabes desde 983, foi reconquistada por Fernando, o Magno, em 1059, e por D. Afonso Henriques em 1160, que prometeu edificar o Mosteiro de São João de Tarouca como preito da vitória e lhe atribui foral. As sucessivas investidas dos mouros arruinaram-na, pelo que D. Sancho I a mandou repovoar, concedendo-lhe um foral que foi confirmado por D. Afonso II em 1217, e em 1391 por D. João I.” (…)

O castelo medieval de Trancoso: doado à Ordem do Tempo em 1185

O castelo medieval de Trancoso: doado pelo Condado Portucalense à Ordem do Templo em 1185

“Foi sobretudo após da definição das fronteiras entre Portugal e Castela que a praça-forte se tornou vital, propiciando estruturação e crescimento de aglomerado. D. Dinis mandou construir as muralhas com cerca de um quilômetro de perímetro, fundou a feira franca e concedeu privilégios especiais à povoação, que foi integrada no dote da rainha, tendo celebrado na vila de Trancoso seu casamento, em 1282, com a princesa D. Isabel de Aragão. (…)

A história de Trancoso anda profundamente ligada à de Portugal. Situada próximo da fronteira, a terra assistiu a diversas lutas e acontecimentos marcantes. Foi em Trancoso que se deu a célebre Batalha de São Marcos, na qual foram desbaratados os castelhanos e preparada a grande Batalha de Aljubarrota. O desfecho do combate contribuiu notavelmente para a consolidação da autoridade do Mestre de Aviz e subsequente triunfo da causa portuguesa nele personificada.” (…)

A ‘velhinha, nobre e sempre noiva’ vila de Trancoso encontra-se ainda hoje rodeada de muralhas da época dinisiana, com um belo castelo também medieval a coroar esse majestoso conjunto fortificado. Construído sobre um hipotético castro pré-romano, esse castelo pertencia, em 960, a D. Chamoa Rodrigues, tendo passado em 1097 para o Condado Portucalense.

Em 1185, o castelo é doado à Ordem do Templo, restaurado nos séculos 7 e 14 e acrescentado no século 16, sendo constituído por uma cerca de muralhas com cinco torres, onde se abrem quatro portas de aceso à vila que fechavam com sistema de guilhotina (Porta de El-Rei, do Prado, de São João e dos Carvalhos) e por uma torre de menagem que se situa na cidadela. (…) Este castelo constituía um dos vértices do triângulo principal do sistema defensivo da Beira, constituindo os outros dois pontos, os castelos de Celorico e da Guarda.”

O centro histórico da vila: testemunhas de muitos acontecimentos marcantes

O centro histórico da vila: testemunha de muitos acontecimentos marcantes

© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados