Foto: © Eduardo Lima / Walkabout
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MUSEU DE MACHADO DE CASTRO

Aqui vão 16 fotos inéditas de um dos museus mais incríveis que eu já conheci: o Machado de Castro, em Coimbra. Seu acervo é riquíssimo, composto de milhares de peças de escultura, pintura, cerâmica, ourivesaria e têxteis, algumas com dois mil … Continuar lendo
A CHAROLA DO CONVENTO

Oito fotos inéditas da Charola do Convento de Cristo, em Tomar, todas clicadas em 2014, durante minha segunda visita ao local. Na plataforma educacional da RTP, lê-se assim: “Datada do século 12, esta igreja redonda foi o primeiro oratório românico … Continuar lendo
PERFILAM-SE OS APÓSTOLOS
São de arrepiar a beleza e a complexidade do pórtico de entrada do Mosteiro da Batalha. Passe os olhos com calma pelas imagens e repare nos detalhes, na simetria, no conjunto. Um espetáculo, caso único na história da arte portuguesa. O site oficial do monumento o descreve assim:
“De cada lado da entrada, debaixo de baldaquinos de lavor requintado, perfilam-se os Apóstolos, seis de cada lado, dispostos sobre bases que assentam em mísulas historiadas. Por cima dos Apóstolos, dispõe-se um conjunto de personagens definidor do mundo celeste: nas duas primeiras arquivoltas, virgens, mártires e confessoras; papas, bispos, diáconos, monges e mártires com a sua palma, como que convidando os que entram no templo a imitarem as suas virtudes. Nas duas arquivoltas seguintes estão os reis de Judá, antepassados de Maria e em cuja linhagem entroncava o próprio Cristo, e os profetas e patriarcas cujo ministério da palavra ou testemunho de vida anuncia o Novo Testamento.”
“As duas arquivoltas mais interiores estão ocupadas por figuras angélicas: as primeiras, sentadas, são anjos músicos; as segundas, de pé, representam serafins, com três pares de asas. Se aqueles anunciam a aproximação ao trono de Deus, apelando para a música suavíssima que é apanágio da felicidade do Paraíso, estes são, na hierarquia dos anjos, os que mais próximos estão da divindade.”
“É no tímpano que a figura de Deus domina, literal e simbolicamente, toda esta majestosa composição. Ao centro, sentado sobre um trono e coberto por um baldaquino, Deus é retratado na figura de um ancião, revestido de uma imagem imperatorial que se afirma pelo gesto de poder da mão direita erguida e pelo globo do mundo sobre o qual repousa a mão esquerda. A ladeá-lo, os quatro evangelistas sentados, a ler ou anotar os livros, acompanhados dos seus animais simbólicos: S. João com a águia, S. Marcos com o leão, o boi com S. Lucas e S. Mateus com o anjo. Este grandioso conjunto remata-se com a cena da Coroação da Virgem.”
© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados
AUSTERIDADE MÁXIMA
A nave principal do Mosteiro de Alcobaça, com seus imponentes 100 metros de extensão e 20 metros de pé direito. O ambiente é austero, muito austero. Quase não há ornamentos e imagens. Explica-se: os monges cistercienses, a exemplo dos beneditinos, nunca foram chegados à ostentação. Ao contrário. “Nossa maneira de viver é de abnegado serviço, de humildade, de pobreza voluntária”, pregava São Bernardo de Claraval (1090-1153), talvez a figura mais importante na história da Ordem de Cister. Esse despojamento arquitetônico que se observa na nave central do mosteiro é reflexo da obediência a esses princípios.
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