Stone fragment discovered in Côa Valley that may be 16,000 years old

“This is another example of many to be discovered in the Côa Valley. We found this new stone fragment, discovered in a layer officially dated to 16,000 years ago. This fragment may belong to a panel that discovered about a year ago and that represents a deer”, the scientific director of the Côa Parque Foundation, Thierry Aubry, explained to Lusa.

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Museu Nacional de Machado de Castro, Coimbra

Hoje, dia 15 de agosto, comemora-se a Assunção de Nossa Senhora, um dos mistérios gloriosos do Rosário. A festa litúrgica, com o dogma definido pelo Papa Pio XII, a 1 de novembro de 1950, é celebrada pela Igreja desde o século VII.
Na arte cristã, o episódio da subida da Virgem aos Céus, apoiada pelos anjos, medeia o da sua dormição (a sua morte, assim designada por se tratar de um momento não doloroso de passagem da vida terrena para a eterna) e o da sua coroação, no Paraíso, rodeada por Cristo, Deus Pai e pelo Espírito Santo.
Datada até agora da primeira metade do século XVII, conserva-se na reserva do MNMC a 𝘈𝘴𝘴𝘶𝘯çã𝘰 𝘥𝘢 𝘝𝘪𝘳𝘨𝘦𝘮, pintura a óleo sobre tela. Tem sido atribuída a Miguel de Paiva (ativo desde 1608 – 1644), pintor régio de Filipe III de Portugal (desde 1632), que terá trabalhado na zona centro do país, na terceira década de seiscentos, nomeadamente para o Mosteiro de Santa Maria do Lorvão, pintando um retábulo sobre madeira (documentado de 1624), que integrava uma Assunção da Virgem.
Apesar de revelar algumas semelhanças com a pintura do Lorvão (na disposição das figuras, nos volumes dos corpos, na fisionomia de alguns apóstolos), a 𝘈𝘴𝘴𝘶𝘯çã𝘰 𝘥𝘢 𝘝𝘪𝘳𝘨𝘦𝘮 do MNMC cria uma atmosfera de tensão no grupo dos discípulos, com um tratamento da cor e da luz − pela utilização do efeito claro-escuro −, que permite distanciá-la da produção de Miguel de Paiva e avançar, porventura, para uma datação da obra na segunda metade do século.
Persistem ainda os modelos recorrentes de períodos artísticos anteriores, na disposição e no desenho das figuras e de algumas fisionomias; na utilização dos tons ácidos de azuis e lilases; nas arquiteturas que demarcam a cena. No entanto, a composição é agora claramente dividida em dois planos: o terreno (dos mortais), onde se agitam os corpos volumosos e de vestes sopradas dos apóstolos, perante o túmulo vazio da Virgem, e o divino, cheio de luz e tons claros, demarcado por uma orla de nuvens com os anjos que fazem a festa da chegada de Nossa Senhora à morada de Deus. O efeito de claro-escuro reforça a mensagem da espiritualização da arte, acompanhando uma mudança cultural (nomeadamente na aceitação do dogma da Virgem como rainha do Céu), veiculada inicialmente pelas determinações do Concílio de Trento (1545-1563) e que justifica, também, a preferência de clérigos e nobres pelo tema da Coroação da Virgem.

𝐈𝐦𝐚𝐠𝐞𝐦:
𝘈𝘴𝘴𝘶𝘯çã𝘰 𝘥𝘢 𝘝𝘪𝘳𝘨𝘦𝘮
Pintura a óleo sobre tela
Segunda metade do século XVII
MNMC12185

Fonte: https://www.facebook.com/MuseuNacionaldeMachadodeCastro