Apaixonado pelas artes e ávido colecionador, D. Fernando II, o Rei-Artista, marcou definitivamente o panorama cultural português do século XIX. Agora, um estudo inédito, divulgado pela Parques de Sintra, vem revelar que o seu legado enquanto colecionador de arte extravasou fronteiras e ganhou dimensão internacional, estando, hoje, presente em alguns dos mais importantes museus do mundo, como o Metropolitan Museum of Art, de Nova Iorque, ou o Victoria and Albert Museum, de Londres. A investigação foi realizada por Hugo Xavier, historiador da arte, museólogo e conservador do Palácio Nacional da Pena, que, entre 2016 e 2021, analisou ao pormenor um inventário de 1866, no qual o próprio rei descreve um total de 224 peças de ourivesaria, marfim e esmalte da sua coleção, que atualmente se encontram dispersas. As conclusões do estudo são apresentadas no e-book de acesso livre “Propriedade Minha”: ourivesaria, marfins e esmaltes da coleção de D. Fernando II, a mais recente publicação do projeto editorial da Parques de Sintra “Coleções em Foco”, que, nesta edição, contou com o apoio da Fundação Casa de Bragança.
