Lê-se assim sobre o Mosteiro de Alcobaça no website do Turismo do Centro de Portugal:
“Numa região com vários monumentos classificados pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade, o Mosteiro de Alcobaça tem um lugar de destaque, não só pela sua história de quase 900 anos, mas também por ser um exemplo notável da arquitetura de Cister, possuindo a maior igreja em estilo Gótico Primitivo construída em Portugal durante a Idade Média.
A classificação da UNESCO foi atribuída em 1989, reconhecendo assim a importância deste monumento, cuja história está intimamente relacionada com a História de Portugal e com o seu primeiro rei, D. Afonso Henriques. 8 de abril de 1153 é a data da fundação da Abadia de Santa Maria de Alcobaça e da sua Carta de Couto. Esta doação de terras à Ordem de Cister constituiu um agradecimento do monarca pela ajuda na conquista de Santarém aos mouros. Durante este período, a conquista de territórios a sul e o respetivo povoamento eram determinantes para a consolidação de Portugal enquanto país.”
A construção do templo foi iniciada em 1178, tendo como inspiração a abadia de Claraval (em França), sede da Ordem de Cister. O Mosteiro de Alcobaça foi assim construído num estilo a que se chamou Gótico Primitivo, que tem o seu expoente máximo na Catedral de Notre Dame, em Paris. Um dos aspetos mais impressionantes deste monumento é a nave central; simples e pouco ornamentada, é bem demonstrativa do despojamento da época medieval.
No entanto, falar no Mosteiro de Alcobaça é falar também da maior história de amor da História de Portugal. A paixão trágica de D. Pedro e D. Inês de Castro está imortalizada naquele local. Os túmulos dos dois amantes recordam, desde o século 14, que o amor pode ser eterno. Foram colocados frente a frente, para que os dois apaixonados se reencontrem no Dia da Ressurreição.
Da época medieval são igualmente algumas dependências que permitem imaginar como seria o quotidiano dos monges que o habitaram: o refeitório, o dormitório, a Sala do Capítulo e o Claustro de D. Dinis. Do século 16 é o Claustro do Cardeal, que constitui uma homenagem ao Infante D. Henrique.
Fotos: © Eduardo Lima / Walkabout