Revisito neste post o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra, que não faz parte do conjunto declarado patrimônio mundial pela UNESCO, mas é um monumento fantástico – para mim, de visita mais que obrigatória. E começo peça reprodução de um painel que fica logo no início da exibição montada no pequeno museu do mosteiro.
Nesse painel, a gente lê o seguinte:
“Em fevereiro de 1669, Coimbra fica registada pelo pintor Pier Maria Baldi, que acompanha Cosme de Medici, grão duque italiano, em viagem por Espanha e Portugal. Na vista da cidade tomada de sul, o Mosteiro de Santa Clara surge em primeiro plano, envolvido pelo burgo, tendo à esquerda o novo Convento de São Francisco.”
“O relato da viagem alude à ameaça do Rio Mondego:
Todas as casas e conventos construídos nas margens deste rio, mais ano menos padecem do mesmo naufrágio e agora o Convento das Monjas de Santa Clara fundado já pela Santa Isabel prenuncia ruína iminente.
Nesta altura procedia-se já a edificação do novo Mosteiro de Santa Clara.”
O claustro do mosteiro talvez seja o ponto alto da visita. Lê-se assim em um dos painéis informativos:
“Era o coração do mosteiro pois ligava, entre si, as dependências mais importantes. Espaço de circulação, era também local de meditação e de recreio das freiras, tanto nas galerias como no pátio.
À estrutura do século 14, juntaram-se, no século 16, fontes de estética renascentista e azulejos hispano-árabes de decoração geométrica e vegetalista. Pelo proximidade à igreja, a galeria foi usada para enterramentos.”
© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout