Faz mais ou menos dois meses, saiu no portal português Sapo Viagens uma pequena reportagem sobre Tomar, na região Centro de Portugal. O texto faz referência à íntima ligação da cidade com a Ordem dos Templários. Mas destaca, também, que “nem só de Convento de Cristo vive Tomar”. Há, por exemplo, o centro histórico, cheio de boas atrações que acabam ofuscadas pelo brilho do convento. Reproduzo a reportagem a seguir, com fotos clicadas por mim em duas visitas que fiz a Tomar, em 2009 e 2014.
“Não é por acaso que Tomar é conhecida como a cidade dos templários. A história de Tomar está intimamente ligada à Ordem dos Templários, que recebeu estas terras como recompensa pela ajuda na reconquista cristã do território. Hoje ainda é possível encontrar vários locais que são testemunhos da sua influência. A Mata dos Sete Montes, onde segundo a tradição decorriam rituais iniciáticos, e a Igreja de Santa Maria do Olival, que conserva os túmulos de diversos mestres da ordem, são alguns destes locais.”
“Foi D. Gualdim Pais, primeiro mestre da ordem em Portugal, que fundou o castelo e, no seu interior, o notável Convento de Cristo, ampliado e alterado ao longo dos séculos. É, actualmente, o ex-libris da cidade, classificado como património mundial pela UNESCO.
Visitar o Convento de Cristo é viajar por cinco séculos de história. As colunas toscanas e as influências mouras não apagam os toques de gótico e o estilo manuelino, inconfundível por génese. Os interiores em estilo barroco transformaram o convento num deslumbre para quem o visita.”
“Mas nem só do Convento de Cristo vive Tomar. A partir do convento, podemos descer a pé pela Mata dos Sete Montes até ao centro histórico. A meio do percurso, encontra a Ermida de Nossa Senhora da Conceição, uma pequena joia renascentista.
A seguir, perca-se pela área urbana mais antiga, organizada em cruz e orientada pelos pontos cardeais, com um convento em cada extremo. A Praça da República, com a igreja matriz dedicada a São João Baptista, marca o centro, tendo a oeste a colina do castelo e do Convento de Cristo. A sul, o Convento de São Francisco, onde se pode visitar actualmente o curioso Museu dos Fósforos e, a norte, o antigo Convento da Anunciada.”
“A este, no local do actual Museu da Levada, vemos as antigas moagens e moinhos que trabalhavam com a força do Rio Nabão, que atravessa a cidade. Numa das margens, fica o Convento de Santa Iria e, nessa direcção, a Igreja de Santa Maria do Olival, de que já falámos. Toda a cidade se organizou a partir deste núcleo, também palco de um dos maiores eventos tradicionais, a Festa dos Tabuleiros.”
© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout
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