Sabia que o Palácio Nacional de Sintra, também conhecido como Palácio da Vila, foi usado pela família real portuguesa até o fim da monarquia, em 1910? Sua construção teve início no século 15, mas não se sabe quem foi o arquiteto responsável pelo projeto original.
No website da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), lê-se assim sobre o monumento:
“O Palácio Nacional de Sintra é o único sobrevivente íntegro dos paços reais medievais em Portugal. Muito provavelmente, foi construído sobre a residência dos antigos wallis muçulmanos e, desde o início da monarquia, os monarcas portugueses aqui tiveram um paço. As principais campanhas de obras que lhe conferiram o aspecto actual devem-se a D. João I, que o reconstruiu, e a D. Manuel I, que acrescentou a hoje denominada ala manuelina.
Durante a Idade Moderna, o palácio não cessou de ser engrandecido, como o provam os elementos renascentistas do tempo de D. João III, a grande Sala dos Cisnes, a mais antiga sala de aparato dos palácios portugueses, e onde se encontram os retratos de D. Catarina de Bragança, de Carlos II de Inglaterra e de D. Pedro II, ou a Sala dos Brasões, cuja cúpula ostenta as armas de D. Manuel, de seus filhos, e de 72 das mais importantes famílias da nobreza, e cujo revestimento integral das paredes data do século 18, obra do ciclo dos grandes mestres da azulejaria lisboeta dessa altura.
Afectado pelo grande terramoto de 1755, foi logo reconstruído à maneira antiga, e, durante os séculos 19 e 20, sofreu ainda outras obras que transformaram irremediavelmente algumas partes, como os edifícios que fechavam o Largo Rainha D. Amélia, que então foram destruídos. Convertido em museu a partir de 1940, na actualidade é objecto de um programa de restauro e valorização da responsabilidade do IPPAR [Instituto Português do Património Arquitetónico], que teve como primeira medida a recuperação das coberturas e fachadas, e que prosseguirá com a recuperação e restauro do património móvel e com a criação de uma nova dinâmica na interpretação e animação do monumento e respectiva envolvente.
A capela, reformulada na campanha de D. Manuel I, filia-se no estilo mudéjar, pelo tapete de azulejos hispano-mouriscos das paredes, de que subsistem muito poucos testemunhos em Portugal. Desses dois primeiros períodos, o principal destaque vai para a cozinha, com as suas duas chaminés de 33 metros de altura, a Sala Árabe, parcialmente revestida com azulejos de matriz geométrica, ou o magnífico pátio central, com os seus arcos geminados cairelados.”
© Foto: Eduardo Lima / Walkabout