Parte integrante do centro histórico, declarado patrimônio da humanidade em 1991, a Ribeira é um dos lugares mais disputados pelos turistas na cidade do Porto. Natural que seja assim, não é mesmo? Afinal, basta dar uma rápida olhada nas fotos deste post para entender os motivos. Não por acaso, ela aparece na lista de atrações turísticas mais populares da Europa, elaborada no ano passado pela revista Condé Nast Traveller, ao lado de ícones como o Coliseu (Roma), a Sagrada Família (Barcelona), o Palácio de Buckingham (Londres), a Acrópole (Atenas) e a Torre Eiffel (Paris).
Ninguém sabe exatamente quando a Ribeira começou a ser habitada, mas há indícios de que, no período da romanização, foram criadas instalações portuárias perto do local onde, mais tarde, seria erguida a Casa do Infante (cujos mosaicos romanos datam do século 4). “O século 13 representou um período de expansão em que o Porto cresceu, incluindo o sopé da escarpa da Pena Ventosa, próximo da margem ribeirinha”, registra a Wikipedia. “Desenvolveu-se casario, ruas, escadas e vielas, como, por exemplo, a Rua da Lada. Na margem direita do Rio da Vila, o povoado cresceu pela beira-rio de São Nicolau, pela Rua da Reboleira e pela Rua dos Banhos, acabando por atingir o arrabalde de Miragaia. Assim, foram surgindo dois pólos de povoamento – um na zona alta, no morro da Pena Ventosa, em redor da Sé, e outro na zona baixa, na Ribeira, ao longo da margem do Douro – ligados por uma malha urbana que se foi adensando.”
A Ribeira que hoje agrada tanto aos turistas, contudo, é bem mais recente. Ela começou a tomar forma em meados da década de 1970, quando foi colocado em prática um ambicioso plano de revitalização daquela parte da cidade. Sem esse projeto, é bem provável que o centro histórico do Porto jamais obtivesse da UNESCO a classificação de patrimônio mundial. Na esteira do primoroso trabalho de recuperação, a Ribeira foi atraindo bares, restaurantes e mais uma infinidade de empreendimentos que, agora, fazem dela um dos cartões-postais mais vivos de Portugal.
© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados
Pingback: PARA INSTAGRAMMERS NO PORTO | Portugal - Patrimônios da Humanidade
Pingback: SAUDADE DO PORTO | Portugal - Patrimônios da Humanidade