Publico hoje 10 fotos inéditas do Mosteiro de Alcobaça, todas produzidas durante minha mais recente visita ao monumento, em 2014, quando lá estive com o apoio da ARPT Centro de Portugal. Junto com as imagens, um pouco mais de história, em texto extraído do website oficial do mosteiro.
“A construção deste monumento percorreu vários séculos da nossa história testemunhando os seus períodos mais áureos. O plano arquitectónico assenta sobre as características da casa mãe Claraval e obedece à filosofia de austeridade e simplicidade defendida por São Bernardo. As obras iniciaram-se em 1178, começando pela igreja que viria a ser a maior abacial gótica existente em Portugal. Em paralelo, constroem-se as alas monacais. No século 13, edificam-se parte das dependências medievais como a Sala do Capítulo, o Dormitório, a Sala dos Monges e o Refeitório.”
“Em 1308, por ordem de D. Dinis, ergue-se um claustro, o maior da primeira dinastia portuguesa. Ainda no século 14, foram depositados no Panteão Régio os túmulos de D. Pedro e D. Inês de Castro, exemplares únicos da escultura tumular gótica existente no nosso país. No século 16, durante o reinado de D. Manuel, a Ordem de Cister detém grande poderio económico. Empreende-se um conjunto de obras impulsionadas pelo rei, das quais salientamos a Livraria, a Nova Sacristia, o Sobreclaustro, a Sala dos Reis e o Palácio Abacial.”
“Na segunda metade do século 17, o Barroco atinge o seu apogeu estético e artístico cujo testemunho no Mosteiro de Alcobaça enquadra a Capela Relicário, também denominada O Espelho do Céu, e o grupo escultórico Morte de São Bernardo. Período artisticamente rico, executam-se muitas esculturas em terracota, sendo pertinente falar de uma ou várias escolas de barristas em Alcobaça.”
“Na segunda metade do século 18, edificou-se a Capela do Desterro e a Cozinha Nova, ambas inteiramente forradas de azulejo. Em consequência dos danos provocados pelo terramoto de 1755, procedeu-se à reconstrução da Sacristia Nova que era inteiramente manuelina. Por último, em 1770, ergueu-se a Sala dos Túmulos ou Panteão Régio de estilo neo-gótico, traçado por Guilherme Eldson.”
“Em 1834, as ordens religiosas foram extintas em Portugal e todos os seus bens nacionalizados. A partir desta altura, o mosteiro é ocupado, reconvertido e adaptado a várias funções públicas e privadas, designadamente: Paços do Concelho, Câmara Municipal, Administração do Concelho, Prisão, Tribunal Judicial, Teatro Municipal (localizado no Refeitório), Caixa de Depósitos, Montepio Alcobacense, Repartição da Fazenda e Finanças, Conservatória de Registo Predial, Escolas de Alcobaça, Quartel (Regimento de Cavalaria 9 e depois Cavalaria 4 e Artilharia 1), Lar Residencial, Biblioteca Municipal, entre outros. Entre 1928 e 1948, foram empreendidas obras de recuperação no monumento por iniciativa do Estado português, com o intuito de restituir as suas especificidades arquitectónicas iniciais.”
© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados
Otimo post ! Parabens !!!
Obrigado! Um abraço e boas viagens para você!
Eduardo Lima
Portugal – Patrimônios da Humanidade
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