No dia seguinte à foto do post anterior, madruguei diante da Torre de Belém pela quinta vez consecutiva, na esperança de fotografá-la com uma luz ainda melhor. Em vão. Como demonstra a imagem abaixo, o sol não apareceu. Em compensação, quem deu as caras foi essa imensa embarcação que se vê navegando o Tejo no segundo plano. Trata-se do USS Arlington, um navio da Marinha americana que rumava naquela manhã para a Doca de Alcântara, no porto de Lisboa, onde permaneceria ancorado por três dias antes de participar da Trident Juncture 2015 – exercício militar da OTAN que, em outubro passado, mobilizou mais de 30 mil soldados de 30 países e teve Portugal como cenário de operações.
O USS Arlington é um monstrão de 208 metros, armado com dois canhões de 30 mm e dois lançadores de mísseis. Mas não se trata de uma embarcação de ataque. Na verdade, ele é um navio de desembarque anfíbio. Sua missão, a exemplo de todos os outros da sua classe (a San Antonio), é transportar os soldados do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos e seus equipamentos – incluindo AAVs (blindados), LCACs (lanchas do tipo hovercraft) e os extraordinários MV-22 Osprey (aeronaves capazes de fazer pousos e decolagens verticais). Sua tripulação é composta de 699 homens, entre oficiais, fuzileiros e praças
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O Arlingtom foi batizado com esse nome em homenagem ao condado onde fica o Pentágono, sede do Departamento de Defesa americano, e às vítimas do atentado ocorrido no dia 11 de setembro de 2001, quando terroristas da al-Qaeda, numa sequência de ataques coordenados, jogaram contra o prédio um avião comercial.
Foto: OTAN / Divulgação