HERÓI DA RESISTÊNCIA

Aqui vão mais duas fotos do Forte de Santa Luzia, em Elvas, integrante do conjunto de fortificações declarado patrimônio da humanidade pela UNESCO em 2012. Segundo os livros de história, esta fortaleza resistiu bravamente ao cerco inimigo durante a Guerra de Restauração, quando foi repetidamente assediado pelas tropas espanholas – destacando-se, em particular, no cerco à cidade liderado pelo general Luis Méndez de Haro y Guzmán em 1658, que antecedeu em alguns poucos meses a lendária Batalha das Linhas de Elvas.

O Forte de Santa Luzia, com destaque para a casa do governado (amarela) no centro

O Forte de Santa Luzia, com destaque para a casa do governado (amarela) no centro

A exemplo do que fiz no post anterior,  volto aqui a citar o amigo Jacinto Cesar, profundo conhecedor do patrimônio histórico e cultural de Elvas. Ele mantém no Facebook uma página dedicada principalmente ao Forte da Graça, mas que contempla também outros monumentos da cidade. Em uma série de posts publicada no início do ano, ele conta um pouco da história do Forte de Santa Luzia. Reproduzo a seguir alguns trechos:

“O Forte de Santa Luzia está situado num outeiro que domina a parte sul da praça de Elvas, a 400 metros da Porta de Olivença, no local onde existia, antes de 1640, uma ermida consagrada a Santa Luzia. Pensa-se que foi neste outeiro que D. Sancho II assistiu com o seu estado-maior à tomada de Elvas aos mouros. Há outros documentos que dizem que o próprio rei participou na investida dos portugueses às portas da muralha árabe.

As obras, que principiaram cerca de 1641, só terminaram em 1687. Foi feito segundo o risco do jesuíta Cosmander e ampliado depois pelo coronel Nicolau de Langres e outros engenheiros. Forma um quadrado de 150 metros de cada lado e é constituído de uma série de baluartes, revelins, coroas e outras obras militares. Ao centro, no reduto principal, eleva-se a casa do governador, edifício quadrado com miradouro coberto, tendo nas quatro faces portas com grandes concheados nas sobreportas. (…)

A capela e a casa do governador ao centro, rodeadas por cisterna, serviram de modelo a muitos fortes coloniais. Evidencia uma clareza lógica e um rigor matemático de construção notáveis, num discurso mais retórico que funcional. (…) Foram seus construtores Martim Afonso de Melo, Matias de Albuquerque, Sebastião Frias, Hieronimo Rozetti, Lassart, João Ballesteros, João Pascácio Cosmander, Rui Correia Lucas e Jean Gillot.”

A fortaleza vista da muralha de Elvas, a cerca de 400 metros de distância

A fortaleza vista da muralha de Elvas, a cerca de 400 metros de distância

© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados

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