Não há visita à cidade de Évora, patrimônio da humanidade, que possa ser considerada completa sem um passeio pelo Largo da Porta de Moura – o lugar que aparece nesta foto. A estrutura que se vê no primeiro plano, encimada por algo que faz lembrar um globo terrestre, é uma fonte renascentista construída há quase 500 anos. Feita de mármore branco, foi inaugurada em 1556 e era abastecida pelo Aqueduto da Água de Prata. Hoje, encontra-se desativada. Ainda assim, é um belíssimo exemplo da arquitetura maneirista portuguesa. Lá no fundo, observam-se as torres da grandiosa Sé Catedral, outro monumento de visita obrigatória.
A Câmara Municipal de Évora, em seu website, resume assim a história do largo e da fonte:
“Em pleno Renascimento, Évora cobre-se de monumentos. Grandiosos alguns, mais utilitários outros, mas todos dignos de realce. Como a fonte renascentista de 1556, obra de Diogo de Torralva, mandada erigir pelo maior mecenas da cidade, o Cardeal-Rei D. Henrique. Seu chafariz era um dos principais pontos de abastecimento de água na cidade antiga. Essa fonte foi construída com donativos públicos dos vizinhos do largo – um dos que participou foi o mais afamado tipógrafo André de Burgos.
Outros motivos de interesse tem este Largo da Porta da Moura. Defronte da fonte, a Casa Cordovil, com seu mirante em manuelino-mudejar, mescla do estilo próprio da expansão (o manuelino) com o estilo de inspiração mourisca (o mudéjar). Entre as torres que guardam a antiga Porta de Moura, situa-se a janela manuelina chamada de Garcia de Resende, poeta e cronista eborense do Renascimento português e autor do Cancioneiro Geral (compilação de toda a tradição poética portuguesa dos séculos 15 e 16).”
© Foto: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados
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