Sábado, 17 de outubro. Dia de fotografar o Mosteiro dos Jerónimos, declarado patrimônio mundial pela UNESCO em 1983. Em condições normais, eu estaria na frente do monumento às 7 horas da manhã, para fotografar sua fachada iluminada pelos primeiros raios de sol. Acontece que sua torre sineira estava em reforma e não havia maneira de produzir uma foto bacana ali – não, pelo menos, para as minhas pretensões de publicar um livro. Sendo assim, troquei os Jerónimos pela Torre de Belém. Às 6h30 em ponto, postei-me diante dela. Meia hora depois, começou a despontar atrás de mim uma bola de fogo, lindamente emoldurada pela Ponte 25 de Abril sobre o Tejo.
Fotografei sem parar até as 9h, 9h30, e segui para o mosteiro, ali pertinho, a não mais do que 15 ou 20 minutos de caminhada. Minha intenção, obviamente, era ser o primeiro – ou um dos primeiros – a entrar, assim que ele fosse aberto, às 10h. Deu certo. E de lá só saí no horário do seu fechamento, às 17h30, com uma breve pausa para o almoço no início da tarde, do lado de fora.
Ainda voltei à Torre de Belém bem no finalzinho da tarde, na esperança de fotografá-la ao pôr-do-sol. Mas o céu, carregado de nuvens escuras, não ajudou. Paciência. E persistência, é lógico. No dia seguinte, eu estaria ali novamente.
© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados