Andei revisitando as fotos da minha primeira passagem por Portugal, em 2009. Havia… Sei lá, 3 ou 4 anos que eu não me embrenhava no material bruto dessa viagem. Sabe o que aconteceu? Descobri imagens bem bacanas, mas que estavam no limbo, perdidas entre milhares de arquivos RAW jamais processados. Uma delas é esta aqui: barcos rabelo no Douro, entre Vila Nova de Gaia (à esquerda) e a ribeira do Porto. Esta semana e a próxima serão dedicadas a esses achados, que me encheram de saudade.
Os barcos da foto não são rabelos de verdade. Ou melhor, são, sim, mas estão ali apenas para promover algumas marcas famosas de vinho do porto. Há muito tempo essas embarcações deixaram de transportar barricas cheias de vinho entre as quintas do Alto Douro e as caves de Vila Nova de Gaia. A Taylor´s, em seu website, resume assim a história e as características dos rabelos:
“Antes da criação da estrada e do caminho-de-ferro, as remotas quintas de vinho do porto da região do Douro Superior apenas eram acessíveis através do rio. Contudo, até que as barragens começassem a ser construídas na década de 1970, o Douro era um rio traiçoeiro. De corrente rápida e turbulenta, enfurecia-se entre desfiladeiros e gargantas até por fim se encontrar com o Atlântico na cidade do Porto. Portanto, durante séculos, os produtores de vinho do porto foram dependentes de um grupo de marinheiros altamente qualificados para transportar sua carga preciosa desde a vinha até às caves frescas na costa atlântica.
O rabelo é uma embarcação de fundo chato, propositadamente construída para navegar nos terríveis rápidos do Douro. Capaz de transportar até 100 barris de vinho, era instantaneamente reconhecido pelo longo e elegante remo de direção. Doze homens compunham a tripulação de cada barco, todos sabendo que sua próxima jornada poderia ser a última.”
© Foto: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados
Hermosas embarcaciones, con hermosas historias y hermosa foto. Como corresponde a un tan hermoso Portugal.
Muchas gracias, Carlos! Un abrazo fuerte desde Brasil.
Eduardo Lima
Portugal – Patrimônios da Humanidade
Me recuso determinantemente a morrer no Brasil. Não sossegarei até voltar, mesmo a nado, para Portugal. Minha vida está lá. Cresci, estudei, deixei minha família lá. Indo para lá , devo voltar a renascer.
Emocionante seu amor por Portugal. Faço votos de que consiga realizar seu desejo. Um abraço e obrigado por acompanhar este blog.
Eduardo Lima
Portugal – Patrimônios da Humanidade