DOIS PATRIMÔNIOS MONUMENTAIS

DOIS PATRIMÔNIOS MONUMENTAIS

A Universidade de Coimbra, lá no alto da colina, desde as ruínas do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha. Uma vista “a não perder”, como diriam os portugueses. O mosteiro é fantástico, assim como seu museu. Mas prefiro guardá-los para um post … Continuar lendo

ABADIA DE PEDRA BRANCA

O deambulatório do Mosteiro de Alcobaça, declarado patrimônio mundial pela Unesco em 1989. Há quem se refira ao monumento como “abadia de pedra branca”, uma alusão ao fato de ter sido usado na sua estrutura calcário proveniente da Serra dos Candeeiros. Para a Ordem de Cister, mantenedora do mosteiro até sua extinção, em 1834, o branco era símbolo de pureza e de renúncia aos valores materiais.

Deambulatório: calcário proveniente da Serra dos Candeeiros

Deambulatório: calcário proveniente da Serra dos Candeeiros

© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados

SOMBRA E LUZ

SOMBRA E LUZ

A austeridade arquitetônica do Mosteiro de Alcobaça traduzida em um segmento de sua nave principal. Para fotógrafos como eu, obcecados por simetria, este lugar é o paraíso. O site oficial do monumento, declarado patrimônio mundial em 1989, resume assim sua história: … Continuar lendo

QUANDO O OLHAR NÃO SUCUMBE

Esta galeria contém 7 imagens.

Difícil, bem difícil resistir à grandiloquência do Convento de Cristo. Frente à dimensão dos seus espaços e da sua história, nosso olhar tende a sucumbir. Sem perceber, a gente vai se entregando à percepção do macro e simplesmente deixa de enxergar o micro. Conselho: esforce-se … Continuar lendo

O REFEITÓRIO DE CRISTO

O REFEITÓRIO DE CRISTO

Diante da exuberância de atrações como a Charola, o Claustro Principal ou a Janela do Capítulo, poucos são os visitantes do Convento de Cristo que se ocupam deste espaço por mais do que alguns poucos minutos. Pois comigo acontece o oposto. … Continuar lendo

UMA PORTA PARA O CÉU

Mais algumas fotos das Capelas Imperfeitas – agora, por dentro. No post anterior, você leu que, em virtude das mortes do rei D. Duarte em 1437 e do arquiteto Huguet no ano seguinte, as obras do panteão foram abandonadas. O site oficial do Mosteiro da Batalha termina de contar essa história assim:

“No reinado de D. Manuel, com vista à conclusão do panteão foi alterado o projeto inicial, conferindo-lhe maior monumentalidade. É deste período o sumptuoso portal, totalmente esculpido, concebido e executado sob a direção de Mateus Fernandes, um dos grandes mestres manuelinos, tendo sido concluído nos primeiros anos do século 16. As sete capelas funerárias também foram concluídas na época de D. Manuel e têm nas suas abóbadas chaves esculpidas com escudos de armas e emblemas que identificam o seu destinatário.”

O portal das capelas: executado por Mateus Fernandes

O portal das capelas: executado por Mateus Fernandes

“Reinando já D. João III foi ainda levantada, sobre o portal, a varanda renascença, datada 1533, com estrutura e decoração de raiz italiana, atribuída a Miguel de Arruda que, seguramente, a concluiu. Panteão duartino, só nos anos quarenta do século 20 foi, por fim, aqui depositado na capela axial, o túmulo duplo do rei D. Duarte e da rainha D. Leonor, num reencontro talvez definitivo com a história.”

Sobre o pórtico, a varanda: atribuída a Miguel de Arruda

Sobre o pórtico, a varanda: atribuída a Miguel de Arruda

© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados

PERFEITAMENTE IMPERFEITAS

PERFEITAMENTE IMPERFEITAS

Eis o Panteão de D. Duarte visto ao cair da noite, pelo lado de fora do Mosteiro da Batalha. Não sabe do que se trata? Talvez você saiba, sim, só não esteja ligando o nome ao lugar. Estamos diante das … Continuar lendo

FORTALEZA MEDIEVAL

Duas, três horas no máximo. Esse foi todo o tempo que eu tive para fotografar Castelo Mendo. Uma lástima. Se pudesse, passaria dois, três dias inteiros zanzando pela aldeia. Reconheço que há um pouco de exagero nisso. Para o viajante que não seja assim, tão escravo de uma câmera quanto eu, uma day trip – ou meia – talvez já resolva bem a questão. O lugar é bem pequeno, tem mais ou menos 120 habitantes. Em meia hora, dá-se uma volta completa.

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O povoado de Castelo Mendo: vestígios de ocupação desde a Idade do Bronze

Casa típica da aldeia: vi mais gatos do que gente na minha visita

Casa típica da aldeia: vi mais gatos do que gente na minha visita

No site Aldeias Históricas de Portugal, consta o seguinte sobre Castelo Mendo:

“Concelho de fundação medieval, com foral concedido em 1229 por D. Sancho II, Castelo Mendo virá a perder esse estatuto de centro urbano com a reforma administrativa liberal de 1855. Apesar de o local ter conhecido ocupação desde a Idade do Bronze e mostrar vestígios da presença romana, a estrutura fortificada e o modelo urbanístico caracterizadores de Castelo Mendo são uma criação medieval concebida para enfrentar as necessidades impostas pela Reconquista Cristã nos séculos 12 e 13: promover o repovoamento dos territórios muçulmanos anexados ao reino português e sustentar as disputas territoriais fronteiriças com os reinos cristãos de Leão e Castela na região de Ribacôa.

A partir do século 14, estabilizada a fronteira com o Tratado de Alcanizes, em 1297, Castelo Mendo continuará a integrar a rede de fortificações que defendem a raia beirã. Este sistema defensivo medieval só perde a sua eficácia militar com o século 17, período que vê surgir as fortificações modernas.

Por exigência de domínio territorial e de defesa da população aqui estabelecida, o povoado estrutura-se em função dos dispositivos militares. Dois núcleos amuralhados, de épocas construtivas diferentes, configuram Castelo Mendo. No cimo do cabeço rochoso, dominando a paisagem envolvente, situa-se o castelo com dois recintos distintos. O aglomerado civil desenhado em torno da Igreja de Nossa Senhora do Castelo dividido pelo pólo exclusivamente militar, localizado a Este, no ponto mais elevado, onde antes se erguia a torre de menagem.

Com o crescimento da povoação, o primitivo núcleo, supõe-se que mandado edificar por D. Sancho I ou D. Sancho II, é aumentado com nova cerca no reinado de D. Dinis (fim do século 13). Pela encosta se estendeu a vila, nela se organizando a vida da população abraçada pelos muros.”

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Igreja de Nossa Senhora do Castelo: românica, provavelmente construída em 1229

A igreja em ruínas: restauro prevê a criação de um museu

A igreja em ruínas: restauro prevê a criação de um museu

© Fotos: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados