O REINO DE CISTER

O Mosteiro de Alcobaça visto das ruínas do castelo medieval da cidade. A RTP, em sua plataforma educativa, conta assim a história do monumento, considerado uma obra-prima da arte gótica cisterciense:

“Portugal ainda não era um reino, D. Afonso Henriques ainda não era rei, mas o jovem príncipe queria as duas coisas e depressa. Agia como se fosse um soberano independente e, por volta de 1140, recusa prestar vassalagem ao rei de Leão. As vitórias que soma sobre os mouros dão-lhe projeção política e militar. Como bom diplomata que era, grande parte dos territórios conquistados iam para as ordens religiosas, uma forma hábil de agradar à Igreja e de iniciar o povoamento de terras abandonadas. A Ordem de Cister recebe 40 mil hectares em Alcobaça. Pouco depois dessa doação, o papa Alexandre III legitima o primeiro monarca português.

O mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, monumento fundador do Gótico Cisterciense em Portugal, começa a ser construído no século 12, depois da vitória de Santarém. A Igreja da Abadia segue o modelo de Pontigny, em França: uma arquitetura de rigor aplicada à nave central com mais de 100 imponentes metros de comprimento. O deambulatório, por onde os monges deambulam em oração, é sustentado por arcos botantes, primeiros exemplares em território português. Na ornamentação da Capela de São Bernardo entraram mãos da terra: os barristas de Alcobaça criaram uma das suas mais expressivas obras modelando as estátuas em terracota. E depois há a cozinha e as soluções engenhosas que encontraram para trazer água a um espaço amplo com preocupações de higiene.

Mas essas não são obras que terminem de um dia para o outro. Nos seis séculos seguintes, o espaço irá ser acrescentado ou remodelado de acordo com os novos movimentos arquitetónicos e com a absoluta necessidade de cada monarca deixar a sua marca real.”

Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, obra-prima da arte gótica cisterciense

Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, considerado uma obra-prima da arte gótica cisterciense

© Foto: Eduardo Lima / Walkabout – Todos os direitos reservados

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3 pensamentos sobre “O REINO DE CISTER

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