Aqueduto da Água de Prata, em Évora. Inaugurado em 1537, durante o reinado de D. João III, ele funciona até hoje, levando água desde as nascentes do Divor até o centro da cidade. É considerado a mais importante estrutura hidráulica construída em Portugal durante o século 16. Dos seus 19 quilômetros de extensão, cerca de 8 quilômetros podem ser percorridos a pé – uma caminhada bem bacana, ainda que um pouco sofrida quando feita sob o sol do verão alentejano.
O poeta Luís Vaz de Camões fez referência ao aqueduto em sua obra mais conhecida, Os Lusíadas. Na estrofe 63 do Canto III, ele escreveu assim:
Eis a nobre cidade, certo assento
Do rebelde Sertório antiguamente;
Onde ora as águas nítidas de argento,
Vem sustentar de longe a terra, e a gente;
Pelos arcos reaes, que cento e cento
Nos ares se alevantam nobremente;
Obedeceu por meio e ousadia
De Giraldo, que medos não temia
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